M00πte susp€ita de jovem gera comoção


Shanquella Robinson tinha 25 anos quando embarcou em um avião acreditando que estava indo passar férias com amigos em quem confiava.

Ela saiu de Charlotte, Carolina do Norte, cheia de vida, ambição e amor. Empresária. Filha. Amiga. Alguém que não sabia que aquela viagem seria a última vez que sua família ouviria sua voz.

28 de outubro

Shanquella chegou a Cabo San Lucas, no México, com um grupo de pessoas que considerava amigas. Fotos mostravam sorrisos e risadas. Nada indicava que o perigo a aguardava dentro daquela vila.

29 de outubro

Menos de 24 horas depois, Shanquella foi encontrada morta dentro de um quarto de hotel.

Seus amigos disseram à família que ela havia morrido por intoxic∆ção alcoólica.

Essa versão rapidamente se desfez.

No início de novembro, um vídeo surgiu online mostrando Shanquella sendo violentamente agredida dentro da vila enquanto outras pessoas apenas observavam. Ela não reagiu. Parecia confusa, vulnerável e sozinha.

Apesar do mandado, ninguém foi extraditado. Ninguém foi preso nos Estados Unidos. E é aqui que o sistema falhou com ela de uma forma que muitas pessoas não compreendem.

Um mandado estrangeiro não aciona automaticamente a extradição. O México teria que solicitar formalmente a extradição por meio de canais diplomáticos e apresentar provas que atendessem aos padrões legais dos Estados Unidos. O Departamento de Justiça dos EUA declarou posteriormente que as provas apresentadas não atingiam o nível exigido pela lei americana para acusação ou extradição.

A jurisdição foi determinante. A morte ocorreu no México. Os Estados Unidos afirmaram não ser possível comprovar um crime federal que pudesse ser processado em tribunais americanos além de qualquer dúvida razoável. Vídeos virais e indignação pública não foram suficientes para superar as barreiras legais internacionais.

Assim, o caso ficou paralisado.

Nenhuma acusação criminal nos Estados Unidos.

Nenhuma extradição.

Nenhuma prisão.

A família de Shanguella ficou presa entre dois sistemas que apontavam um para o outro, enquanto a responsabilidade desaparecia entre documentos, tratados e exigências legais.

Mais tarde, seus pais confirmaram que a autópsia indicou que Shanguella morreu em decorrência de uma fratura na coluna e de uma grave lesão na medula espinhal, e não por intoxicação alcoólica.

Início de novembro

À medida que o vídeo se espalhava, a indignação crescia e as perguntas se multiplicavam. Por que ninguém a ajudou? Por que os relatos eram inconsistentes? Por que todos deixaram o México tão rapidamente após sua morte?

18 de novembro

O FBI anunciou que havia aberto uma investigação.

19 de novembro

Shanquella Robinson foi sepultada em Charlotte. Sua família a enterrou sem respostas.

24 de novembro

As autoridades mexicanas emitiram um mandado de prisão contra o que descreveram como um “agressor direto” na morte de Shanguella.

Para muitas pessoas, isso soou como o início da justiça...Ver mais

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