Há amizades que vão além do convencional, mas três jovens da Matola levaram o conceito de "amigos para todas as horas" a um nível perigoso e, vamos admitir, absurdo.
Tudo começou com um empréstimo familiar: um deles conseguiu 40 mil meticais da própria sogra, alegando um investimento num negócio promissor. Só que o "investimento" revelou-se em jogos eletrónicos, onde rapidamente perdeu 32 mil.
Perdido e sem coragem para contar a verdade, a solução encontrada com os seus comparsas foi digna de uma comédia de equívocos: inventar um sequestro. O objetivo? Apenas ganhar tempo para tentar arranjar o dinheiro, sem qualquer intenção de extorsão, segundo eles.
O que se seguiu foi uma sucessão de erros que tornou a queda da farsa inevitável:
✓ O "Mestre" do Plano: O amigo que fazia de "espião" era, na verdade, quem ditava as condições de pagamento, levantando suspeitas desde o início.
✓ O Sequestrador "Fora de Catálogo": O cúmplice encarregue de fazer a chamada de resgate usou a sua voz natural, que foi imediatamente reconhecida pela família da vítima.
Ou seja, a operação tinha tudo para falhar. E falhou redondamente.
Esta história, serve como um alerta quase cómico sobre como o desespero pode nublar o raciocínio. Em vez de resolver um problema, estes jovens criaram um problema muito maior, manchando a confiança da família e as suas próprias vidas com um crime.
É caso para dizer: às vezes, a verdade, por mais dura que seja, é sempre a saída mais simples.
💬 Uma pergunta aos leitores
O desespero realmente justifica qualquer ação, ou há limites que nunca devemos ultrapassar, mesmo quando a situação parece impossível?

