Uma Nova Equipa para a Diplomacia Moçambicana: Chapo Renova os Rostos do País no Mundo
Num movimento que reflete uma aposta clara na política externa como alavanca do desenvolvimento, o Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou esta sexta-feira uma significativa renovação no corpo diplomático de Moçambique. Para além de exonerações, o Chefe de Estado delineou novas nomeações que parecem desenhar um mapa estratégico das prioridades do país.
A diplomacia moçambicana ganha novos rostos em capitais chave. A experiente Maria Gustava deixa a vasta e crucial missão na China e na Coreia do Norte para assumir um posto de igual importância: a Alta Comissão na África do Sul, o nosso maior vizinho económico. Jacinto Maguni troca a América do Sul pela África Oriental, indo para o Quénia. Já Alexandre Manjate faz o percurso inverso, partindo do Malawi para assumir a emblemática Embaixada no Brasil.
O comunicado presidencial não deixa margem para dúvidas sobre o propósito: estas mudanças visam "reforçar a diplomacia económica". Num mundo cada vez mais competitivo, Moçambique está a reposicionar os seus melhores quadros com a missão concreta de promover a imagem nacional, atrair investimento estrangeiro, estimular as exportações e fortalecer laços comerciais.
Esta não é apenas uma rotatividade comum de cargos; parece ser um reposicionamento calculado. Colocar diplomatas veteranos em novos palcos sugere uma tentativa de injectar experiência fresca em relações bilaterais específicas e de responder aos dinâmicos fluxos da economia global.
É a política externa ao serviço do desenvolvimento económico. O sucesso desta estratégia será medido não pelos comunicados, mas pelos resultados concretos em termos de investimentos e oportunidades comerciais que daqui advierem para Moçambique.
