Um incidente no Aeroporto Internacional O.R. Tambo, em Joanesburgo, colocou as autoridades sul-africanas no centro de fortes críticas. Na passada quinta-feira, 153 passageiros palestinos que incluíam crianças e uma mulher grávida de nove meses – foram impedidos de desembarcar após um voo proveniente do Quénia e mantidos a bordo da aeronave durante aproximadamente 12 horas.
De acordo com os relatos, os passageiros, que escaparam do conflito em Israel, tinham documentos de viagem irregulares, nomeadamente sem o carimbo de saída de Israel. Durante o período de detenção no avião, os passageiros foram submetidos a entrevistas de imigração sem acesso a alimentação ou água adequadas, levantando acusações de violação de direitos humanos.
Após a intervenção de uma organização não-governamental, a situação foi parcialmente resolvida: 130 dos passageiros foram admitidos na África do Sul com um visto de 90 dias, enquanto os restantes 23 seguiram para outros destinos.
O caso gerou uma onda de reprovação internacional, colocando um holofote sobre o tratamento dado a refugiados e indivíduos em situações de vulnerabilidade.